Aconteceu ontem, 23 de maio, a visitação dos alunos participantes do projeto “Jaboatão minha terra, meu lugar!”, ao Centro de Convivência – DOJO do Nucelo de Educação Física na Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. A atividade teve como objetivo promover vivência ampliada acerca da prática da capoeira, compreendendo o espaço acadêmico como ferramenta de acesso e transformação social.

A aula foi conduzida pelo Arte Educador do projeto (Cézar Mendes) com a participação dos alunos do curso de bacharelado em Educação Física, sendo possível trocas e experiências enriquecedoras aos atendidos pelo projeto, oportunizando uma perspectiva ampliada sobre a capoeira.; estiveram presentes também o psicólogo do projeto (José ítalo) e a Assistente Social da Inspetoria (Mirele Barros) –  que realiza o acompanhamento direto da execução desse projeto.

A aula externa foi muito enriquecedora para todos que dela participaram. Não apenas por propiciar a mudança de um ambiente diferente do habitual, mas por levar os jovens ao centro da produção acadêmica/científica do estado de Pernambuco, a UFPE.

A importância dos ritmos tradicionais para a cultura já é algo cristalizado pelos integrantes do projeto, e ao terem oportunidade de trocar com os doscentes de Ed. Física orientados pelo professor/mestre Tchê, os jovens puderam vislumbrar que a capoeira é muito mais do que uma prática das periferias. Faz parte da identidade histórica-social da nossa população.

Do ponto de vista psicológico, além da carga afetiva, emocional, cognitiva e motivacional que a atividade proporcionou, ressalto o fortalecimento de vínculo enquanto grupo. Onde não só os integrantes do projeto de turnos diferentes (manhã e tarde) puderam interagir entre si, como também, eles se sentiram seguros e confiantes para treinar com os jovens adultos da UFPE. Isso foi muito rico, e tenho certeza que marcou a história de vida de quem compõe o JMTML.

Do ponto de vista do Serviço Social, a atividade foi rica e repleta de significados para os participantes, sendo possível oportunizar aos jovens atendidos pelo projeto, trocas e o fortalecimento da pertença com a história e a cultura local, vivendo práticas culturais promotoras de interação e socialização, estreitando os laços entre os participantes. Além disso, é entendido que as vivências dessas expressões culturais são capazes de trazer mudanças estruturais na comunidade, se considerado a sua importância sócio-política. Por isso, a importância de promover, experiências como estas aos nossos atendidos, uma vez que o projeto tem como premissa o pertencimento cultural de seus participantes.

Por Mirele Barros – Serviço Social do Centro Inspetorial